Vitalino José Santos, do sinalAberto, é um dos 10 vencedores da 3ª edição das Bolsas de Investigação Jornalística. Jornalista já tinha vencido uma outra bolsa há pouco tempo.

O jornalista Vitalino José Santos, do projecto de jornalismo alternativo sinalAberto, é um dos 10 vencedores da 3ª edição das Bolsas de Investigação Jornalística, conforme se ficou a conhecer esta quinta-feira. É a segunda bolsa num curto espaço de tempo que Vitalino José Santos recebe. O jornalista tinha sido anteriormente distinguido com uma bolsa do Sindicato dos Jornalistas no valor de 2 mil euros para realizar uma reportagem sobre a medicina personalizada em hemato-oncologia.
Segundo a Fundação Calouste Gulbenkian, foram apreciados 66 projetos de investigação jornalística e seleccionadas as candidaturas “com base na adequação do CV de cada candidato, a relevância jornalística do projeto, a sua oportunidade, exequibilidade e a possibilidade de divulgação num órgão de comunicação social (seja em suporte escrito, audiovisual ou digital)”. O objectivo daquela instituição com estas bolsas é “financiar trabalhos de investigação jornalística em áreas como a política, economia, questões sociais, culturais ou históricas, desde que directamente relacionadas com Portugal e com os portugueses”, isto “numa época em que o jornalismo vive uma crise à escala global”.
“Na qualidade de elemento da redacção do jornal digital sinalAberto, tenho a satisfação de integrar o grupo dos 10 jornalistas seleccionados para realizarem projectos de investigação relacionados com Portugal e os portugueses, no âmbito das Bolsas de Investigação Jornalística 2020 (da Fundação Calouste Gulbenkian)”, partilhou Vitalino José Santos no seu Facebook.
Além de Vitalino José Santos, os restantes nove bolseiros são: José Manuel Barata Feyo, José Vegar, Inês Serra Lopes, Maria Inês Rocha (Renascença), Micael Pereira (Expresso), Pedro Coelho (SIC), Raquel Albuquerque (Expresso), Ruben Martins (Público) e Rui da Rocha Ferreira (Exame Informática).
Os temas das investigações vencedoras não foram revelados. Os trabalhos apoiados pela Gulbenkian em anos anteriores podem ser conhecidos aqui.
O sinalAberto apresenta-se como um “colectivo jornalismo de interesse público que recusa a informação apressada e que procura a verdade, sabendo que nunca será neutro”. Dirigido a partir de Coimbra por João Figueira, é propriedade de uma associação sem fins lucrativos, que procura o seu financiamento através do apoio financeiro de quem lê e acompanha o projecto. “Enquanto projeto jornalístico sem fins lucrativos é o interesse público que nos move e mobiliza. Completamente independente e sem recurso a publicidade, o sinalAberto apenas existirá enquanto houver cidadãos inquietos que vêem no nosso trabalho uma razão para continuar”, pode ler-se na página de doações do sinalAberto.