A Fundação Rosa Luxemburgo vai dar oito mil euros ao Fumaça para desenvolver um trabalho sobre o sistema prisional português e também a investigação sobre saúde mental em Portugal.

A fundação alemã Rosa-Luxemburg-Stiftung atribuiu ao Fumaça uma bolsa de oito mil euros para financiar dois trabalhos de jornalismo de investigação que serão desenvolvidos pela redação durante 2021 e 2022. O contrato, que pode ser consultado aqui, aloca fundos para um trabalho sobre o sistema prisional português e outro sobre a saúde mental em Portugal (para o qual o Fumaça já tinha financiamento através de uma bolsa do Sindicato dos Jornalistas).
Em 2020, a Fundação Rosa-Luxemburg tinha já doado 10,5 mil ao projecto de jornalismo alternativo, financiando parcialmente a produção do áudio-documentário Exército de Precários, o resultado de uma investigação de dois anos no interior do setor da segurança privada.
“Bolsas como esta garantem a sustentabilidade da redação do Fumaça, que emprega sete pessoas, até novembro de 2021. Sem recorrer a paywalls, vender publicidade, nem aceitar investidores privados, o podcast procura ser o primeiro projecto de jornalismo português totalmente financiado pelo público”, adianta a equipa do Fumaça em comunicado, divulgado esta segunda-feira.
Esta é mais uma bolsa que o Fumaça recebe para fazer jornalismo, em particular trabalhos em áudio. Este tipo de financiamento junta-se aos mais de sete mil euros que o órgão de comunicação social recebe mensalmente de mais de mil pessoas que contribuem para o Fumaça. Esta comunidade, a Comunidade Fumaça, tem acesso a workshops com a equipa, um chat exclusivo, sessões Ask Me Anything com convidados, e ao clube de discussão Inquietações.