O Interruptor tornou-se membro associado da European Data Journalism Network, uma rede europeia de colaboração jornalística e editorial focada em jornalismo de dados.

O Interruptor, revista multimédia independente dedicada à cultura, tornou-se membro associado da European Data Journalism Network (EDJNet ou, em português, Rede Europeia de Jornalismo de Dados). Trata-se de uma rede de colaboração editorial e jornalística a nível europeu, focada em jornalismo de dados. Além do Interruptor, esta rede conta em Portugal com o jornal Público.
A European Data Journalism Network junta meios de comunicação independentes e redacções de dados que produzem e promovem a cobertura orientada por dados de tópicos europeus em vários idiomas. A rede reúne jornalistas, programadores e especialistas em política. A EDJNet foi criada em 2017 e funciona como uma comunidade colaboradora, um agregador de notícias e um centro de aprendizagem.
Os órgãos de comunicação social e jornalistas que integram esta rede podem partilhar conteúdo entre si em diferentes idiomas, aceder a ferramentas e serviços úteis para o seu trabalho, alcançar novos públicos-alvo com a tradução dos seus conteúdos para várias línguas, e trabalhar em conjunto na produção de peças jornalísticas que analisem e expliquem fenómenos relevantes que afectam as sociedades europeias. A European Data Journalism Network agrega com 26 organizações de 14 países.
Interruptor liga-se ao Brasil
Depois de no seu primeiro ano e meio o Interruptor ter olhado sobretudo para Portugal, vai agora viajar até ao outro lado do Atlântico e procurar ligar-se à cultura brasileira e à relação entre os dois países. Escrito por Luca Argel, o primeiro texto do Interruptor em 2022 vai chegar já na próxima sexta-feira, dia 7 de Janeiro. Do Rio de Janeiro, Luca Argel mudou-se para Portugal em 2012, tendo estacionado na cidade Invicta. Tem um mestrado em Literatura pela Universidade do Porto, mas o seu percurso tem sido trilhado entre as letras e a música. Cantor e compositor, assinou livros de poesia, várias bandas sonoras para dança e cinema, e quatro álbuns. O mais recente, Samba de Guerrilha, parte da história política do samba para (re)inventar estrofes e refrões, recontando as narrativas de quem usou a canção como arma de resistência.
Luca Argel é um dos cronistas-curadores que o Interruptor convidou para escrever/criar sobre o Brasil, a propósito do 200º aniversário da independência desse gigante da lusofonia, potência mundial sempre em potência, berço da maior comunidade imigrante em Portugal. Aceitaram convites semelhantes o ilustrador e autor de BD Cecil Silveira, bem como a jornalista e activista Flavia Doria. Numa lógica de descentralização dos processos de mediação, o Interruptor pediu que cada um deles escolhesse outras pessoas brasileiras em Portugal para deambularem sobre a relação entre os dois países, sobre a experiência imigrante, sobre histórias perdidas ou movimentos culturais. Enfim, sobre o que considerassem mais relevante neste contexto, num ofício de liberdade e expressão pessoal.
Em breve, o Interruptor divulgará a lista completa de cronistas.