O Shifter pretende assumir o seu papel de revista comunitária, ser mais consistente e assertivo no seu conteúdo, ser “(ainda) mais” disruptivo e tornar-se mais sustentável financeiramente.

O Shifter inicia este 2022 com uma nova assinatura: revista comunitária de pensamento interseccional. Revista porque publica em digital e em papel. Comunitária porque é feita em comunidade. “De pensamento” porque não tem notícias, apenas reflexão. Interseccional porque não conhece fronteiras temáticas e cruza assuntos. É com este posicionamento, mais firme e claro, que o Shifter arranca o novo ano.
O Shifter é uma revista de reflexão e crítica sobre tecnologia, sociedade e cultura. Uma revista criada em comunidade e apoiada pelxs leitores. Estamos a criar um espaço de publicação para pensamento colectivo e comunitário, aberto a sugestões e diálogos. Uma revista que procura estabelecer pontes entre diferentes actores da sociedade, da academia ao activismo, da cultura à política.
Em 2022, o Shifter quer ser igual a si próprio e reforçar a missão que tem vindo a assumir nos últimos meses: tornar o conhecimento e a reflexão uma realidade em português. Em jeito de preparação do novo ciclo, João Gabriel Ribeiro, editor do Shifter, divulgou na primeira newsletter do ano as “resolução do Shifter” para este 2022. “O princípio do ano é sempre uma oportunidade e um pretexto para iniciar um novo ciclo, fazer mudanças ou resoluções. E se no Shifter isso não costuma ser diferente, as nossas resoluções para este novo ano são simples para que percebas bem e nos possas ajudar a concretizá-las”, escreveu.
O Shifter procurará assumir o seu papel de revista comunitária, ser mais consistente e assertivo no seu conteúdo, ser “(ainda) mais” disruptivo e tornar-se mais sustentável financeiramente. Partilhamos, de seguida, o que o responsável editorial do Shifter partilhou sobre cada um dos pontos:
1) Assumir o papel de revista comunitária: queremos continuar a ser uma revista aberta a propostas de todos, dar espaço para que quem quer possa partilhar o seu conhecimento; prometemos continuar com a editoria rigorosa e fazer tudo por melhorar a remuneração. Acreditamos que uma revista comunitária é um espaço de produção e distribuição de conhecimento e opinião indispensável nos tempos que vivemos. Um espaço aberto à participação é uma forma de promover maior participação consequente de todos no espaço público democrático.
2) Mais consistentes e assertivos: queremos publicar 3 artigos por semana, todas as semanas, todos os meses; entre ensaios, reportagens, explicadores e entrevistas, queremos pelo menos dar-te 1h de conteúdo Shifter por semana, 4h por mês. Ao longo dos anos fizemos tudo para te dar o máximo de conteúdo de qualidade que estava ao nosso alcance. A promessa não é diferente mas desta vez queremos que saibas com o que contar, em 2022, queremos publicar 3 artigos por semana. Religiosamente.
3) (Ainda) mais disruptivos: se há revista onde a disrupção e a inovação são palavra de ordem é no Shifter; e prometemos levá-lo ainda mais a sério, trazendo-te as temáticas do futuro sobre as quais devemos começar a reflectir no presente. Da filosofia à tecnologia, estamos sempre atentos ao que pode impactar o mundo.
4) Mais sustentáveis: a saúde financeira do Shifter é débil e se sobrevivemos é com muito espírito de sacrifício. Em 2022 queremos variar as fontes de receita – ainda mais – e aumentar o valor que recebemos mensalmente de contribuições para fazer o Shifter. Neste momento é cerca de 800 € o que mal chega para um salário.
O Shifter entra em 2022 com algumas mudanças no seu site – alterações pequenas no redesign apresentado durante o Verão passado. Foram dados alguns toques na página inicial, a página de contribuições está mais simples e coloca o Patreon de novo em destaque e a secção “Sobre” esclarece melhor o projecto. Na newsletter, o Shifter apela ao passa-a-palavra: “Para conseguirmos cumprir com tudo isto precisamos do teu apoio. Não só financeiro como de divulgação. Só passando a palavra podemos chegar mais longe, a todos aqueles que podem ter interesse no nosso trabalho”, lê-se.